http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Há sempre uma primeira vez para tudo: esqueci-me que era o dia de vos maçar com as minhas historietas. Devo ter sido afectado pelo ambiente geral de falta de memória recente.
É coisa de velhos, bem sei. Ó como compreendo estas coisas. Ele há tantas vezes que não me recordo do que comi ao almoço e sou capaz de me lembrar das coisas agradabilíssimas que fiz com uma namorada há 20 ou 30 anos. Isto é mesmo muito comum. Os jornais desportivos, por exemplo, sofrem horrores com esta terrível doença.
Ainda ontem, estava a folhear o Record (para quem não saiba é um jornal desportivo que conta com para aí 12 colunistas e nem um é adepto do Futebol Clube do Porto) e verifiquei que havia um belíssimo trabalho sobre um título que um clube português ganhou há cinquenta anos depois de ter passado umas eliminatórias com uns rapazes anafados que jogavam à bola no intervalo dos respectivos empregos. Assim de repente pensava que era uma homenagem ao Carcavelinhos e às suas antigas glórias, mas não, era a um dos clubes de benfica. Não era ao Fófó, era mesmo ao slb. Também vinha a costumeira homenagem ao melhor jogador de sempre da Terra e restantes planetas da galáxia, o Eusébio. Diz que era muito jeitoso, e não serei eu a desdizê-lo, mas assim de repente era capaz de referir uns trinta jogadores do FC Porto com mais títulos europeus e nacionais do que ele. Mas, pronto, temos de perdoar, é aquele problema da memória recente. Em cerca de vinte e cinco anos um clube ganhou quatro taças europeias e uns titulozitos nacionais, mas importante, importante é recordar uma taça do tempo das chuteiras de travessas. Repito, não é por mal, é só um problema nas artérias provocado pelos vários ataques de azia. Isso gera uma aceleração do envelhecimento das células da memória e depois dá nisto.
O Espadinha dizia que recordar é viver. Deixá-los viver de recordações, enquanto eles vão lambendo as feridas com a saliva da memória, nós fazemos o futuro e comemoramos as vitórias presentes.
É coisa de velhos, bem sei. Ó como compreendo estas coisas. Ele há tantas vezes que não me recordo do que comi ao almoço e sou capaz de me lembrar das coisas agradabilíssimas que fiz com uma namorada há 20 ou 30 anos. Isto é mesmo muito comum. Os jornais desportivos, por exemplo, sofrem horrores com esta terrível doença.
Ainda ontem, estava a folhear o Record (para quem não saiba é um jornal desportivo que conta com para aí 12 colunistas e nem um é adepto do Futebol Clube do Porto) e verifiquei que havia um belíssimo trabalho sobre um título que um clube português ganhou há cinquenta anos depois de ter passado umas eliminatórias com uns rapazes anafados que jogavam à bola no intervalo dos respectivos empregos. Assim de repente pensava que era uma homenagem ao Carcavelinhos e às suas antigas glórias, mas não, era a um dos clubes de benfica. Não era ao Fófó, era mesmo ao slb. Também vinha a costumeira homenagem ao melhor jogador de sempre da Terra e restantes planetas da galáxia, o Eusébio. Diz que era muito jeitoso, e não serei eu a desdizê-lo, mas assim de repente era capaz de referir uns trinta jogadores do FC Porto com mais títulos europeus e nacionais do que ele. Mas, pronto, temos de perdoar, é aquele problema da memória recente. Em cerca de vinte e cinco anos um clube ganhou quatro taças europeias e uns titulozitos nacionais, mas importante, importante é recordar uma taça do tempo das chuteiras de travessas. Repito, não é por mal, é só um problema nas artérias provocado pelos vários ataques de azia. Isso gera uma aceleração do envelhecimento das células da memória e depois dá nisto.
O Espadinha dizia que recordar é viver. Deixá-los viver de recordações, enquanto eles vão lambendo as feridas com a saliva da memória, nós fazemos o futuro e comemoramos as vitórias presentes.
