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Completam-se por estes dias 11 meses sobre uma notícia que me chocou. Na altura, disseram-me que o João Moutinho vinha para o Porto. Encolhi os ombros. “Por 10 milhões.” E aí passei-me.
Soube-se depois que afinal foram 11 milhões, mais 50% do passe do Nuno André Coelho. Isso é muito, muito dinheiro para um clube como o Porto dar por um único jogador. Não tenho por hábito desconfiar das decisões do Nosso Grande Presidente, a quem reconheço uma competência e um conhecimento que são qualquer coisa de fora deste mundo, mas, como ser humano que é, Pinto da Costa também comete erros, e este, para mim, tinha sido um deles. Até porque o João Moutinho, a meu ver, até nem era nada de especial. Achava-o um jogador mediano, que se atirava demasiado para o chão e por quem os media mantinham uma idolatria inexplicável. Sei que muita gente discorda, que muita gente já via nele um grande jogador, e a discussão entre a comunidade Portista foi acesa. Mas a verdade é que, mesmo entre quem o achava um grande jogador, não foram muitos aqueles a quem agradaram os termos do negócio. E, cá entre nós, desconfio que mesmo esses não imaginavam a época que o rapaz estava às portas de fazer!
O lado positivo da contratação foi o factor simbólico, obviamente. Um clube supostamente de topo vender um capitão de equipa a um clube supostamente rival é uma humilhação para o primeiro e uma demonstração de poder pelo segundo. Não tenho dúvidas de que a saída do Moutinho foi mais um prego no caixão da grandeza do Sporting, e lá que deu gozo ver os lagartos todos furiosos, isso deu ;) Mas lá está: a vinda do Moutinho pareceu-me mais uma exibição de autoridade por parte do FCP do que propriamente uma contratação baseada em critérios desportivos. Na altura abstive-me de expressar a minha opinião online, mas disse em casa que só aplaudiria o nome do Moutinho quando ele passasse a valer os milhões que custou.
Comecei a época cumprindo o que havia decidido, mas devia ser Setembro ou Outubro quando dei por mim a aplaudir energicamente ao ouvir o nome do nosso nº 8. E não demorou muito até ouvir-me cantar a plenos pulmões que “Tu aqui vais jogar... Tu aqui vais jogar para ganhar...”
Pelo exposto acima não preciso dizer-vos que o rendimento do João Moutinho em campo foi uma surpresa para mim. Admito que possa ter avaliado mal a sua valia enquanto jogador do Sporting, mas de qualquer forma é inegável que em Alvalade morava apenas um semi-Moutinho. Num clube com a estrutura do Porto, com um treinador como o André Villas-Boas e companheiros de sector como o Fernando, o Belluschi e o Guarin, Moutinho só não cresceu em altura. E nem precisa, porque em tudo o resto está simplesmente enorme. Além de tecnicamente talentoso e taticamente inteligente, é hoje um jogador de raça, um verdadeiro jogador à Porto. Como (quase) sempre, Pinto da Costa é que a sabia toda. E aqueles que se fingiram aliviados por se livrarem de uma "maçã podre" devem estar por esta hora é com um belo dum melão!
E a mim, que aprecio especialmente estas coisas, o que me conquistou definitivamente foi a postura do João Moutinho fora do campo. Maturidade, serenidade, ponderação. Pelo FC Porto e pelos seus adeptos, muito respeito, reconhecimento e admiração. Quando questionado sobre o Sporting, que se portou tão mal com ele, nada de palavras azedas, nada de ressentimento. Moutinho saiu de um clube pouco menos que moribundo para um dos melhores clubes do Mundo, cresceu a olhos vistos enquanto jogador, ganhou numa única época tantos (e mais importantes) troféus do que em seis anos no seu clube anterior, e mesmo assim resiste a mandar uma boca que seja na direcção de quem o ofendeu e insultou publicamente. Quem lê ou ouve as suas entrevistas sabe estar perante uma pessoa feliz, que está em paz com a sua consciência e com as suas decisões.
E agora, chegado o final de uma época maravilhosa, sou eu quem sente a obrigação de admitir que estava enganada. Que Moutinho é grande e que Pinto da Costa mais uma vez acertou em cheio. Mas que gosto me dá admitir enganos destes!
PS: Três já estão! Sábado lá estaremos a apoiar os guerreiros sobre patins para o poker!!
Soube-se depois que afinal foram 11 milhões, mais 50% do passe do Nuno André Coelho. Isso é muito, muito dinheiro para um clube como o Porto dar por um único jogador. Não tenho por hábito desconfiar das decisões do Nosso Grande Presidente, a quem reconheço uma competência e um conhecimento que são qualquer coisa de fora deste mundo, mas, como ser humano que é, Pinto da Costa também comete erros, e este, para mim, tinha sido um deles. Até porque o João Moutinho, a meu ver, até nem era nada de especial. Achava-o um jogador mediano, que se atirava demasiado para o chão e por quem os media mantinham uma idolatria inexplicável. Sei que muita gente discorda, que muita gente já via nele um grande jogador, e a discussão entre a comunidade Portista foi acesa. Mas a verdade é que, mesmo entre quem o achava um grande jogador, não foram muitos aqueles a quem agradaram os termos do negócio. E, cá entre nós, desconfio que mesmo esses não imaginavam a época que o rapaz estava às portas de fazer!
O lado positivo da contratação foi o factor simbólico, obviamente. Um clube supostamente de topo vender um capitão de equipa a um clube supostamente rival é uma humilhação para o primeiro e uma demonstração de poder pelo segundo. Não tenho dúvidas de que a saída do Moutinho foi mais um prego no caixão da grandeza do Sporting, e lá que deu gozo ver os lagartos todos furiosos, isso deu ;) Mas lá está: a vinda do Moutinho pareceu-me mais uma exibição de autoridade por parte do FCP do que propriamente uma contratação baseada em critérios desportivos. Na altura abstive-me de expressar a minha opinião online, mas disse em casa que só aplaudiria o nome do Moutinho quando ele passasse a valer os milhões que custou.
Comecei a época cumprindo o que havia decidido, mas devia ser Setembro ou Outubro quando dei por mim a aplaudir energicamente ao ouvir o nome do nosso nº 8. E não demorou muito até ouvir-me cantar a plenos pulmões que “Tu aqui vais jogar... Tu aqui vais jogar para ganhar...”

E a mim, que aprecio especialmente estas coisas, o que me conquistou definitivamente foi a postura do João Moutinho fora do campo. Maturidade, serenidade, ponderação. Pelo FC Porto e pelos seus adeptos, muito respeito, reconhecimento e admiração. Quando questionado sobre o Sporting, que se portou tão mal com ele, nada de palavras azedas, nada de ressentimento. Moutinho saiu de um clube pouco menos que moribundo para um dos melhores clubes do Mundo, cresceu a olhos vistos enquanto jogador, ganhou numa única época tantos (e mais importantes) troféus do que em seis anos no seu clube anterior, e mesmo assim resiste a mandar uma boca que seja na direcção de quem o ofendeu e insultou publicamente. Quem lê ou ouve as suas entrevistas sabe estar perante uma pessoa feliz, que está em paz com a sua consciência e com as suas decisões.
E agora, chegado o final de uma época maravilhosa, sou eu quem sente a obrigação de admitir que estava enganada. Que Moutinho é grande e que Pinto da Costa mais uma vez acertou em cheio. Mas que gosto me dá admitir enganos destes!
PS: Três já estão! Sábado lá estaremos a apoiar os guerreiros sobre patins para o poker!!