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Vitória de Guimarães 0-1 FC Porto
Liga 2011/12, 1.ª jornada
14 de Agosto de 2011
Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães
Assistência: 19.812 espectadores
Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria).
Assistentes: João Santos e Luís Marcelino.
4.º Árbitro: Vasco Santos.
VITÓRIA SC: Nílson; Alex, N’Dyaie, João Paulo e Anderson; El Adoua e Leonel Olímpio; Faouzi, Barrientos e Targino; Toscano.
Substituições: Leonel Olímpio por João Alves, Targino por Paulo Sérgio e Faouzi por Saucedo (65m).
Não utilizados: Douglas, Freire, Bruno Teles e Pedro Mendes.
Treinador: Manuel Machado.
FC PORTO: Helton «cap.»; Sapunaru, Rolando, Otamendi e Fucile; Souza, Guarín e João Moutinho; Hulk, Kleber e Varela.
Substituições: Guarín por Rúben Micael (48m), Kleber por Falcao (67m) e Varela por Belluschi (73m).
Não utilizados: Bracali, Maicon, Alvaro e Djalma.
Treinador: Vítor Pereira.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Hulk (45m, g.p.).
Disciplina: cartão amarelo a João Moutinho (39m), Luís Olímpio (44m), Anderson (45m), El Adoua (45m+3), Souza (70m), Rolando (77m) e Paulo Sérgio (90m+2).
De regresso à Liga Zon Sagres, reedição do duelo vivido à apenas uma semana, desta vez a jogar fora de portas, frente a um Vitória que nos causou alguns problemas (mais que a semana passada) num jogo que foi quase como uma fotocópia da Supertaça. De relembrar que o Guimarães usou o mesmo esquema e o mesmo 11 nos dois jogos e se não nos deixou jogar há uma semana, hoje adaptámo-nos melhor a essas circunstâncias, numa 1ª parte morna excepto na sua parte final.
Melhorámos, em relação ao último desafio em alguns aspectos que serão referenciados e vacilámos em situações que terão forçosamente de ser melhores já no próximo jogo.
O jogo iniciou-se sem grande intensidade, numa primeira meia hora na qual não há grande destaque no que diz respeito a lances de perigo nas grandes-áreas. Se tenho vindo a referir que Souza tem denotado evolução, hoje voltou a estar menos bem no papel fundamental que terá de fazer, 1ª fase de construção fazendo a ligação entre a defesa e os médios que entram depois numa fase de construção mais avançada. Souza tem de baixar mais no terreno, procurar zonas mais próximas dos centrais, no momento de iniciar o ataque. Vi-o muitas vezes parado, numa zona central, no meio de 4 elementos vitorianos, onde não podia receber bola sob pena de a perder. Sendo assim ligámos o jogo por passes mais longos quando não é este o gene que está implícito na nossa forma de jogar. Por forma a contrariar esta situação, Guarin e Moutinho foram obrigados a vir mais atrás procurar bola, lançando estes o ataque, por vezes, fazendo chegar a bola aos homens da frente. Nestas situações a cobertura ofensiva dada pelos médios chegou tarde, deixando Hulk e Varela desapoiados. Kléber esteve bem ao vir buscar bola e tabela bem perto dos médios interiores, pecando em demasia na finalização.
Primeiro “bruááá” perto de uma das balizas surgiu ao minuto 26, quando Hulk investiu no movimento interior e libertou em Kléber num grande passe de ruptura… Kléber devia ter feito melhor, fazer golo. Repetição deste lance aos 43’ onde Kléber desta vez tentou tirar Nilson da frente com Hulk no meio da área pronto a escostar. Com Falcao no banco, quem falha golos assim…
Ainda nos últimos 20 minutos permitimos ao Vitória, 2 lances que poderiam ter-nos colocado em desvantagem. O 1º numa grande defesa de Hélton, resultando de uma transição rápida onde Rolando não pode entrar à queima na jogada. Minutos mais tarde, bola nas costas da nossa defesa onde não estava Fucile (a receber tratamento) e só não deu golo porque Barrientos se esqueceu de rematar.
O momento do jogo acaba por ficar guardado para o minuto 44 da 1ª parte. Canto do lado esquerdo do ataque portista, com Olegário a assinalar um “agarrão-empurrão” sobre Sapunaru. Hulk chamado à conversão como é hábito e ser feliz com Nilson e o poste ainda a tocar na bola, levando esta a entrar devagar devagarinho na baliza Sul do Estádio D. Afonso Henriques. Intervalo a chegar com uma vantagem justa da equipa que procurou ter bola e jogar.
Regresso dos balneários sem mexidas nos 11 iniciais, denotando-se desde logo mais iniciativa e agressividade na busca da bola por parte dos vimaranenses, no entanto, sem libertar do esquema os 2 elementos defensivos à frente da defesa (não consigo perceber a razão para Manuel Machado insistir nisto… medo de ser goleado talvez?!?)
Começamos bem, com possibilidade de fazer o 0-2 com Hulk numa rápida transição e um grande movimento de Kléber a arrastar os centrais e a oferecer todo o espaço central para Hulk rematar mas à figura de Nilson. Podiamos ter aqui tranquilizado os adeptos e procurar ter mais qualidade na posse de bola, uma coisa que faltou e muito hoje (vergonhoso e lamentável o estado da relva na 1ª jornada do campeonato e 2º jogo oficial naquele estádio – terá sido propositado?)
Quem não marca arrisca-se a sofrer... mas o ditado não foi lei!
Permitimos algumas bolas a cair à frente da área na zona onde Souza tem de estar, a originar alguns remates mas sem perigo. Destaque para a segurança de Otamendi, fulcral em cortes fantásticos ao longo do jogo. Kléber mais uma vez em lance idêntico aos da 1ª parte volta a falhar, desta feita rematando por cima. Saiu um minuto mais tarde (68’), dando lugar a Falcão. Este último teve o descanso da equipa na cabeça aos 88’, falhando por muito pouco o desvio ao 2º poste. Voltei a não gostar de Varela, que esteve pouco objectivo e a complicar muito os lances nos quais participou. Até final controlámos o jogo, ainda que correndo alguns riscos desnecessários. Levámos algumas bolas bombeadas para a nossa área no período de descontos nas quais fomos sempre mais fortes.
Estivemos bem, mas temos de e podemos melhorar. Julgo que melhores que a semana passada, criámos mais lances de golo e dominámos o jogo. Como já disse, gosto de ganhar, ganhar a jogar bem, mas prefiro ganhar... é melhor do que empatar. Mas se preferirem resultado igual ao dos rivais...
Notas positivas: Bem nas bolas paradas defensivas; criação de situações de finalização.
Notas menos boas: Espaço na frente da defesa; lentidão na circulação de bola; pouca pressão alta ou menos efectiva que o habitual.
Melhor em campo: Otamendi – Pelo que defendeu, pelos cortes e jogo aéreo que teve, pela construção de jogo que foi obrigado.
Já estamos na frente com mais pontos que os rivais! É o nosso lugar…até ao fim, espero! Recordo os mais esquecidos que há um ano atrás começamos o campeonato da mesma forma... exibição menos positiva e vitória! No final fizemos a festa!
PS: Parabéns à nossa selecção Sub-20! Grande jogo ontem à noite... Iturbe enviado para o Porto. Benvindo, aqui ganha-se, Somos Porto!!!
DECLARAÇÕES
No rescaldo do triunfo em Guimarães, o treinador Vítor Pereira destacou a capacidade de sacrifício dos jogadores, que actuaram num terreno “esburacado” e em ambiente hostil. O médio João Moutinho também sublinhou o trabalho colectivo, que permitiu ao FC Porto vencer na primeira jornada da Liga portuguesa, num estádio onde tinha perdido pontos na época passada.
Vítor Pereira: "Foi complicado assentar o jogo"
“Tentamos circular e ter mais bola, mas isso não é fácil com este Guimarães, que aposta muito nas bolas longas e nas segundas bolas. Ou se tem bola para marcar o ritmo ou o jogo entra numa espécie de ténis, com a bola ganha e batida na profundidade. Foi complicado assentar o jogo, ainda para mais num terreno como este, que não nos permitiu circular a bola como deve ser. Sentimos dificuldades, face a um Guimarães muito agressivo, e que fez uso dessa agressividade em crescendo, com a permissão do árbitro. Penso que ganhámos com toda a justiça.”
Sacrifício, empenho e solidariedade
“Estamos no primeiro jogo. Quem atribuiu o favoritismo ao FC Porto foi a própria imprensa. O que eu admiti foi que, face ao que fizemos na época passada, é normal que os jornalistas nos atribuam o favoritismo, mas ele tem que ser provado em cada jogo, com sacrifício e muito trabalho. Quando não é possível ter muita qualidade, apelamos ao sacrifício e ao compromisso colectivo. O FC Porto adapta-se às circunstâncias, os jogadores são solidários e comprometidos com as vitórias. Foi um jogo complicado, num campo complicado, perante uma massa associativa que dá um apoio muito grande à equipa. Foi o jogo possível e uma vitória conseguida com sacrifício, empenho, solidariedade e, a espaços, qualidade.”
João Moutinho: "Soubemos sofrer"
“Foi um jogo muito difícil contra um adversário bom tacticamente, bem posicionado. Sabíamos que tínhamos de ter a bola para conseguir os melhores espaços para finalizar. Foi um bom jogo em que soubemos sofrer, o que também é preciso, e saímos daqui com uma excelente vitoria na primeira jornada.”
Atitude e trabalho
“Entramos em todos os jogos para conseguir a vitória. Foi difícil, mas há que realçar a atitude dos jogadores e adeptos e continuar a trabalhar para que as vitórias continuem a surgir. O que importa somos nós, não os resultados dos outros, pelo que vamos continuar a trabalhar da mesma forma, para que o FC Porto entre em todos os jogos para ganhar. Estou muito bem aqui, sempre o disse, e vou continuar a trabalhar.”
RESUMO DO JOGO
Liga 2011/12, 1.ª jornada
14 de Agosto de 2011
Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães
Assistência: 19.812 espectadores
Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria).
Assistentes: João Santos e Luís Marcelino.
4.º Árbitro: Vasco Santos.
VITÓRIA SC: Nílson; Alex, N’Dyaie, João Paulo e Anderson; El Adoua e Leonel Olímpio; Faouzi, Barrientos e Targino; Toscano.
Substituições: Leonel Olímpio por João Alves, Targino por Paulo Sérgio e Faouzi por Saucedo (65m).
Não utilizados: Douglas, Freire, Bruno Teles e Pedro Mendes.
Treinador: Manuel Machado.
FC PORTO: Helton «cap.»; Sapunaru, Rolando, Otamendi e Fucile; Souza, Guarín e João Moutinho; Hulk, Kleber e Varela.
Substituições: Guarín por Rúben Micael (48m), Kleber por Falcao (67m) e Varela por Belluschi (73m).
Não utilizados: Bracali, Maicon, Alvaro e Djalma.
Treinador: Vítor Pereira.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Hulk (45m, g.p.).
Disciplina: cartão amarelo a João Moutinho (39m), Luís Olímpio (44m), Anderson (45m), El Adoua (45m+3), Souza (70m), Rolando (77m) e Paulo Sérgio (90m+2).

Melhorámos, em relação ao último desafio em alguns aspectos que serão referenciados e vacilámos em situações que terão forçosamente de ser melhores já no próximo jogo.
O jogo iniciou-se sem grande intensidade, numa primeira meia hora na qual não há grande destaque no que diz respeito a lances de perigo nas grandes-áreas. Se tenho vindo a referir que Souza tem denotado evolução, hoje voltou a estar menos bem no papel fundamental que terá de fazer, 1ª fase de construção fazendo a ligação entre a defesa e os médios que entram depois numa fase de construção mais avançada. Souza tem de baixar mais no terreno, procurar zonas mais próximas dos centrais, no momento de iniciar o ataque. Vi-o muitas vezes parado, numa zona central, no meio de 4 elementos vitorianos, onde não podia receber bola sob pena de a perder. Sendo assim ligámos o jogo por passes mais longos quando não é este o gene que está implícito na nossa forma de jogar. Por forma a contrariar esta situação, Guarin e Moutinho foram obrigados a vir mais atrás procurar bola, lançando estes o ataque, por vezes, fazendo chegar a bola aos homens da frente. Nestas situações a cobertura ofensiva dada pelos médios chegou tarde, deixando Hulk e Varela desapoiados. Kléber esteve bem ao vir buscar bola e tabela bem perto dos médios interiores, pecando em demasia na finalização.
Primeiro “bruááá” perto de uma das balizas surgiu ao minuto 26, quando Hulk investiu no movimento interior e libertou em Kléber num grande passe de ruptura… Kléber devia ter feito melhor, fazer golo. Repetição deste lance aos 43’ onde Kléber desta vez tentou tirar Nilson da frente com Hulk no meio da área pronto a escostar. Com Falcao no banco, quem falha golos assim…

O momento do jogo acaba por ficar guardado para o minuto 44 da 1ª parte. Canto do lado esquerdo do ataque portista, com Olegário a assinalar um “agarrão-empurrão” sobre Sapunaru. Hulk chamado à conversão como é hábito e ser feliz com Nilson e o poste ainda a tocar na bola, levando esta a entrar devagar devagarinho na baliza Sul do Estádio D. Afonso Henriques. Intervalo a chegar com uma vantagem justa da equipa que procurou ter bola e jogar.
Regresso dos balneários sem mexidas nos 11 iniciais, denotando-se desde logo mais iniciativa e agressividade na busca da bola por parte dos vimaranenses, no entanto, sem libertar do esquema os 2 elementos defensivos à frente da defesa (não consigo perceber a razão para Manuel Machado insistir nisto… medo de ser goleado talvez?!?)
Começamos bem, com possibilidade de fazer o 0-2 com Hulk numa rápida transição e um grande movimento de Kléber a arrastar os centrais e a oferecer todo o espaço central para Hulk rematar mas à figura de Nilson. Podiamos ter aqui tranquilizado os adeptos e procurar ter mais qualidade na posse de bola, uma coisa que faltou e muito hoje (vergonhoso e lamentável o estado da relva na 1ª jornada do campeonato e 2º jogo oficial naquele estádio – terá sido propositado?)
Quem não marca arrisca-se a sofrer... mas o ditado não foi lei!

Estivemos bem, mas temos de e podemos melhorar. Julgo que melhores que a semana passada, criámos mais lances de golo e dominámos o jogo. Como já disse, gosto de ganhar, ganhar a jogar bem, mas prefiro ganhar... é melhor do que empatar. Mas se preferirem resultado igual ao dos rivais...
Notas positivas: Bem nas bolas paradas defensivas; criação de situações de finalização.
Notas menos boas: Espaço na frente da defesa; lentidão na circulação de bola; pouca pressão alta ou menos efectiva que o habitual.
Melhor em campo: Otamendi – Pelo que defendeu, pelos cortes e jogo aéreo que teve, pela construção de jogo que foi obrigado.
Já estamos na frente com mais pontos que os rivais! É o nosso lugar…até ao fim, espero! Recordo os mais esquecidos que há um ano atrás começamos o campeonato da mesma forma... exibição menos positiva e vitória! No final fizemos a festa!
PS: Parabéns à nossa selecção Sub-20! Grande jogo ontem à noite... Iturbe enviado para o Porto. Benvindo, aqui ganha-se, Somos Porto!!!
DECLARAÇÕES
No rescaldo do triunfo em Guimarães, o treinador Vítor Pereira destacou a capacidade de sacrifício dos jogadores, que actuaram num terreno “esburacado” e em ambiente hostil. O médio João Moutinho também sublinhou o trabalho colectivo, que permitiu ao FC Porto vencer na primeira jornada da Liga portuguesa, num estádio onde tinha perdido pontos na época passada.

“Tentamos circular e ter mais bola, mas isso não é fácil com este Guimarães, que aposta muito nas bolas longas e nas segundas bolas. Ou se tem bola para marcar o ritmo ou o jogo entra numa espécie de ténis, com a bola ganha e batida na profundidade. Foi complicado assentar o jogo, ainda para mais num terreno como este, que não nos permitiu circular a bola como deve ser. Sentimos dificuldades, face a um Guimarães muito agressivo, e que fez uso dessa agressividade em crescendo, com a permissão do árbitro. Penso que ganhámos com toda a justiça.”
Sacrifício, empenho e solidariedade
“Estamos no primeiro jogo. Quem atribuiu o favoritismo ao FC Porto foi a própria imprensa. O que eu admiti foi que, face ao que fizemos na época passada, é normal que os jornalistas nos atribuam o favoritismo, mas ele tem que ser provado em cada jogo, com sacrifício e muito trabalho. Quando não é possível ter muita qualidade, apelamos ao sacrifício e ao compromisso colectivo. O FC Porto adapta-se às circunstâncias, os jogadores são solidários e comprometidos com as vitórias. Foi um jogo complicado, num campo complicado, perante uma massa associativa que dá um apoio muito grande à equipa. Foi o jogo possível e uma vitória conseguida com sacrifício, empenho, solidariedade e, a espaços, qualidade.”
João Moutinho: "Soubemos sofrer"
“Foi um jogo muito difícil contra um adversário bom tacticamente, bem posicionado. Sabíamos que tínhamos de ter a bola para conseguir os melhores espaços para finalizar. Foi um bom jogo em que soubemos sofrer, o que também é preciso, e saímos daqui com uma excelente vitoria na primeira jornada.”
Atitude e trabalho
“Entramos em todos os jogos para conseguir a vitória. Foi difícil, mas há que realçar a atitude dos jogadores e adeptos e continuar a trabalhar para que as vitórias continuem a surgir. O que importa somos nós, não os resultados dos outros, pelo que vamos continuar a trabalhar da mesma forma, para que o FC Porto entre em todos os jogos para ganhar. Estou muito bem aqui, sempre o disse, e vou continuar a trabalhar.”
RESUMO DO JOGO