http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Cá estamos novamente, já com o bi no bolso. E o tetra em andebol :) Que felicidade é ser deste clube! Os meus parabéns aos jogadores, treinadores, dirigentes e adeptos - no caso do futebol, especialmente àqueles que nunca atiraram a toalha ao chão. Foi difícil, mas Somos Porto, carago!
E que bem que soube este título! O nosso habitual bombo da festa foi capaz de dar alguma luta (muito por culpa nossa, mas ainda assim), o que sempre serve para variar um pouco, e por isso merece também algumas palavras. Não me interpretem mal, eu gosto é de ganhar e com quantos mais pontos de avanço melhor, mas saber que eles andaram a época toda iludidos, quase a sentir o gostinho do título, para no-lo oferecerem a duas jornadas do fim e no descanso do nosso sofá, acrescenta um gostinho especial a este campeonato.
Agora, para aquelas bandas, é deitar mão a qualquer desculpa possível ou imaginável para justificar o descalabro. Hoje veio um dos cromos de serviço dizer que querem ganhar limpo. Isso significa que vão deitar fora os troféus de 2005 e 2010? Muito bem diz um dos maiores poetas da música lusófona que "o homem que diz 'sou', não é", que é como quem diz que quem sente a necessidade de gabar a própria idoneidade, normalmente é o menos idóneo de todos. No futebol português esta velha máxima assenta como uma luva, e nem é preciso lembrarmo-nos do discurso dos responsáveis desse mesmo clube quando, há alguns meses, iam à frente. "A arbitragem está mais transparente e credível", dizia o caudilho vermelho. Afinal parece que não estava, pois não voltou a oferecer-lhes um campeonato de bandeja como se previa em Fevereiro.
Afinal todo o entusiasmo foi em vão e todos os foguetes que a comunicação social foi deitando semana após semana foram precoces. Todos os anos é assim, mas normalmente a febre não dura muito para além da pré-época. Basta entrar a competição a sério e uma brisa de realidade facilmente destrói o castelo de cartas da sua esperança. O cartoon abaixo (crédito ao Xerxes - por favor leiam o primeiro comentário a este post) é tão realista que mais parece uma fotografia.
Mas este ano durou mais. Este ano o destino foi mais cruel. Deixou-os sonhar mais um pouco, fê-los acreditar que iam mesmo lá, e a sua atitude fanfarrona, arrogante e mesquinha quando estavam por cima só torna ainda mais merecido o último acto desta tragicomédia - trágica para eles, mas muito cómica para nós. "Schadenfreude", chamam-lhe os alemães - nós em português não temos palavra para este prazer que se sente perante a desgraça dos outros. Em teoria não é um sentimento simpático, mas quando "os outros" estão constantemente a tentar diminuir-nos e ofender-nos, a insultar-nos, a prejudicar-nos, a atacar-nos das formas mais desprezíveis, colocando até a sua ocupação profissional ou cargo público ou político a esse serviço, que bem nos sabe temperar o nosso sucesso com a desgraça deles. Somos humanos ;)
Para além de um palmarés construído na sua maioria em tempos que envergonham o país, a única grandeza que resta a esse clube decadente é precisamente a quantidade de adeptos que ainda tem e as posições que muitos deles ocupam. É o facto de terem a imprensa e as instituições do seu lado que ainda permite aos mais crédulos acharem que são tão grandes como nós. Mas quando se olha para as coisas como elas são, o presente mês de Maio de 2012 é uma excelente metáfora para a grandeza relativa dos dois clubes: este mês, o clube do regime comemora 50 anos sobre o último dos seus 2 títulos internacionais; o FC Porto comemora 25 anos sobre o primeiro dos seus 7. Mais palavras para quê?
E que bem que soube este título! O nosso habitual bombo da festa foi capaz de dar alguma luta (muito por culpa nossa, mas ainda assim), o que sempre serve para variar um pouco, e por isso merece também algumas palavras. Não me interpretem mal, eu gosto é de ganhar e com quantos mais pontos de avanço melhor, mas saber que eles andaram a época toda iludidos, quase a sentir o gostinho do título, para no-lo oferecerem a duas jornadas do fim e no descanso do nosso sofá, acrescenta um gostinho especial a este campeonato.
Agora, para aquelas bandas, é deitar mão a qualquer desculpa possível ou imaginável para justificar o descalabro. Hoje veio um dos cromos de serviço dizer que querem ganhar limpo. Isso significa que vão deitar fora os troféus de 2005 e 2010? Muito bem diz um dos maiores poetas da música lusófona que "o homem que diz 'sou', não é", que é como quem diz que quem sente a necessidade de gabar a própria idoneidade, normalmente é o menos idóneo de todos. No futebol português esta velha máxima assenta como uma luva, e nem é preciso lembrarmo-nos do discurso dos responsáveis desse mesmo clube quando, há alguns meses, iam à frente. "A arbitragem está mais transparente e credível", dizia o caudilho vermelho. Afinal parece que não estava, pois não voltou a oferecer-lhes um campeonato de bandeja como se previa em Fevereiro.
Afinal todo o entusiasmo foi em vão e todos os foguetes que a comunicação social foi deitando semana após semana foram precoces. Todos os anos é assim, mas normalmente a febre não dura muito para além da pré-época. Basta entrar a competição a sério e uma brisa de realidade facilmente destrói o castelo de cartas da sua esperança. O cartoon abaixo (crédito ao Xerxes - por favor leiam o primeiro comentário a este post) é tão realista que mais parece uma fotografia.

Para além de um palmarés construído na sua maioria em tempos que envergonham o país, a única grandeza que resta a esse clube decadente é precisamente a quantidade de adeptos que ainda tem e as posições que muitos deles ocupam. É o facto de terem a imprensa e as instituições do seu lado que ainda permite aos mais crédulos acharem que são tão grandes como nós. Mas quando se olha para as coisas como elas são, o presente mês de Maio de 2012 é uma excelente metáfora para a grandeza relativa dos dois clubes: este mês, o clube do regime comemora 50 anos sobre o último dos seus 2 títulos internacionais; o FC Porto comemora 25 anos sobre o primeiro dos seus 7. Mais palavras para quê?