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Channel: BiBó PoRtO, carago!!
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Idiossincrasia Villas Boas… técnicas de construção!!!

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http://bibo-porto-carago.blogspot.com/


Não se nasce treinador!!!

Um Líder de relvado, mais que de balneário (nesse diz quem sabe manda o capitão), molda-se, condicionando todo um trajecto de aprendizagem ao longo da vida.

Mesmo quando julga controlar os efeitos do dia-a-dia, o treino, base de uma ideia maior de colectivo e sucesso, transformam a continuidade de saberes, numa metamorfose metódica, mas perpetua de adaptação a erosão da sapiência empírica.

Nunca ou quase nunca, o acaso atrai à profissão gente por engano, desde tenra idade, contaminam-se por um chamamento interior que os faz perseguir um futuro, mostrando na sua individualidade a influência de diversos mentores.

Jesualdo perseverado ao TETRA, Mourinho aportado a feitos Europeus, podem adejar no Dragão o efeito sombra, sob o que se prevê ser a visão reformadora do futebol azul e branco.

Anos a fio assentes numa motricidade ganhadora, a continuidade era um múltiplo de cariz zero face ao pragmatismo de ocasião… Ressurgir era preciso.

Se o Verão se quer quente, o ano desportivo, Azul vivo nas ideologias de jogo atraente. No Dragão há muito se transpira um código genético onde a competitividade e a qualidade se fundem simbioticamente em prol da vitória.

AVB é carpo desse ADN, recolhe em seu favor a sagaz capacidade de fazer passar ideias, transmitindo de igual maneira emoção e fervor clubístico, recuperando o vínculo entre adeptos e equipa.

O esfíngico semblante de outrora comuta com o ar trintão e a reconstrução começa ai.

Mais que os elogios colaterais a 90 minutos de Supertaça, a overdose anímica provocada pela conquista do troféu, promete a ver pelo inicio de campeonato, fragmentar as incertezas de inicio de temporada. O que se pensava, poder ver-se mais lá para a frente, apareceu no relvado em velocidade vertiginosa, desconsertando os adversários e as vitórias acontecem.

Incrivelmente as vicissitudes dessa vitória foram tão somente, os verdadeiros primeiros passos da construção do novo FCP.

Com um ataque que se alimenta e vive por si próprio, o busílis do crescimento reside no puzzle que é a construção dicotómica carácter/intensidade competitiva.

Há quem preconize que melhor que reconstruir é arquitectar de novo, AVB tem conciliado ambos, assente na inteligibilidade da manutenção das bases, procura serenamente estruturas tácticas alternativas, dando liberdade de ocupação de espaço, fazendo da bola solução da equação para o binómio equilíbrio ofensivo/defensivo.

No que a época leva decorrida, as acções não atingiram bases multidimensionais de jogo, mas é notório que este Dragão toca várias metamorfoses tácticas durante 90 minutos.

A realidade 4x3x3 é uma das molduras tácticas sólidas, procuram-se dinâmicas capazes de depender menos das transições vertiginosas, mas capazes de fazer fluir os novos princípios de jogo, construir, construir e mesmo sem caminho para a área adversaria o mote é construir respirando confiança quando de posse do esférico.

As alas parecem dar menor largura e objectividade ofensiva, falta expressividade aos chamados extremos genuínos, combatendo-se essa ideia, com os movimentos de apoio dos laterais, permitindo-se a Hulk e outros vagabundear por zonas interiores quer em diagonais quer em movimentos de ruptura, como receptores da capacidade de passe do renascido Belluschi.

Em AVB expressão simbólica idiossincrática de construção, ganha rosto em Fernando, ícone e upgrade, faz a equipa caminhar por inteiro, não só porque se vê obrigado a dar mais ao jogo, mas porque é chamado a faze-lo nos mais variados momentos, deixando de viver emparedado entre as acções de receptáculo de quem vive amparado pela dupla de centrais, para se tornar veio e primeira fase de construção e/ou alimentador suporte dos médios ofensivos.

Não será o seu habitat mais natural mas será no futuro o espaço táctico preconizado pelo treinador, a convergência entre estes 2 espaços paralelos será uma das imagens de marca das novas sinergias do futebol azul e branco.

É neste processo de “visão táctica” revigorada que a filosofia do treinador marca intenções e/ou se define por acções, AVB pode ter devorado todos os livros da táctica, pode ter ensaiado programaticamente todos os códigos táctico/estratégicos, mas este Porto bebe do seu novo mentor o instinto rebelde, competitivo british, a sensibilidade táctica da qualidade organizacional e posicional quer em pressão alta ou blocos mais recuados no rectângulo de jogo. A Liga segue dentro de momentos, mostrou surpresas iniciais, em bom futebolês aconteceu futebol, ate a bola pareceu ter vontade própria, numa analise mais fria a tendência ainda não prima pelo estilo, mas que ninguém duvide que a Norte a ideia é muito mais que ganhar é construir uma inteligência colectiva que apenas reconhece a identidade idiossincrática base... futuro igual a sucesso!!!

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