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Não tiveram força, não honraram a camisola nem a nossa cor azul. Em Málaga, tal como na Madeira, não se viu o que pedimos no cântico que não nos cansámos de entoar na curva. Na realidade, o verdadeiro, o único Porto que esteve no Estádio La Rosaleda foram aqueles quase dois mil que encheram a bancada sul do La Rosaleda. Outro, o que andou lá em baixo, no relvado, não foi, definitivamente, o Porto.
Um Porto sem garra, sem atitude, sem chama, sem nada. Um Porto que não foi Porto, um Porto que ninguém merecia ter visto, sobretudo aqueles que largaram, largam e largarão sempre tudo para o ver. Aqueles que deixaram a família em casa, que faltaram ao trabalho, às aulas ou tiraram férias do emprego de propósito para os apoiar. Aqueles que depois de uma terça-feira de trabalho, só tiveram tempo para arrumar a mochila, abastecer a lancheira, rumar ao Dragão para, ao fim de mais de uma hora ao frio, se fazerem à estrada. Aqueles que percorreram quase mil quilómetros em meio-dia, sentados numa cadeira de autocarro sem conforto e sem saber o que é dormir, para chegar ao destino, almoçar no centro da cidade e entrar no estádio duas horas antes do início do jogo. Aqueles que pagaram 45 euros para ver 14 camisolas roxas – nem sequer eram azuis e brancas! – a desfilar pelo relvado durante os 94 minutos em que transformaram o nosso sonho em pesadelo. Aqueles que estiveram uma hora ao frio à espera que os ‘coños’ espanhóis nos deixassem entrar para a camioneta e enfrentar uma dolorosa viagem de regresso, com uma enorme dor na alma. Aqueles que chegaram ao Porto, completamente extenuados, 33 horas depois de o terem abandonado, avistaram o mais belo estádio do mundo iluminado pelo sol invernoso da manhã e, sem quaisquer arrependimentos ou lamúrias, desabafaram com os próprios botões: “Nunca mais é domingo!”.
Esses, sobretudo esses, não mereciam aquela miséria. Esses, que fazem os possíveis e os impossíveis, para estar em qualquer lado, em qualquer estádio só para os apoiar, mereciam ter visto o Porto das gloriosas noites europeias, capaz de se transcender e olhar qualquer adversário nos olhos, o Porto que tantas alegrias nos tem dado. Esses, que depois dessa jornada negra voaram para a Madeira ver aquela desgraça, não vos podem exigir sempre a vitória – afinal, somos todos humanos -, mas têm o direito de vos exigir sempre o dever de lutar por ela. Esses não vos podem exigir que sejam campeões, mas têm todo o direito de vos exigir que lutem por isso até ao fim como verdadeiros dragões.
Um Porto sem garra, sem atitude, sem chama, sem nada. Um Porto que não foi Porto, um Porto que ninguém merecia ter visto, sobretudo aqueles que largaram, largam e largarão sempre tudo para o ver. Aqueles que deixaram a família em casa, que faltaram ao trabalho, às aulas ou tiraram férias do emprego de propósito para os apoiar. Aqueles que depois de uma terça-feira de trabalho, só tiveram tempo para arrumar a mochila, abastecer a lancheira, rumar ao Dragão para, ao fim de mais de uma hora ao frio, se fazerem à estrada. Aqueles que percorreram quase mil quilómetros em meio-dia, sentados numa cadeira de autocarro sem conforto e sem saber o que é dormir, para chegar ao destino, almoçar no centro da cidade e entrar no estádio duas horas antes do início do jogo. Aqueles que pagaram 45 euros para ver 14 camisolas roxas – nem sequer eram azuis e brancas! – a desfilar pelo relvado durante os 94 minutos em que transformaram o nosso sonho em pesadelo. Aqueles que estiveram uma hora ao frio à espera que os ‘coños’ espanhóis nos deixassem entrar para a camioneta e enfrentar uma dolorosa viagem de regresso, com uma enorme dor na alma. Aqueles que chegaram ao Porto, completamente extenuados, 33 horas depois de o terem abandonado, avistaram o mais belo estádio do mundo iluminado pelo sol invernoso da manhã e, sem quaisquer arrependimentos ou lamúrias, desabafaram com os próprios botões: “Nunca mais é domingo!”.
Esses, sobretudo esses, não mereciam aquela miséria. Esses, que fazem os possíveis e os impossíveis, para estar em qualquer lado, em qualquer estádio só para os apoiar, mereciam ter visto o Porto das gloriosas noites europeias, capaz de se transcender e olhar qualquer adversário nos olhos, o Porto que tantas alegrias nos tem dado. Esses, que depois dessa jornada negra voaram para a Madeira ver aquela desgraça, não vos podem exigir sempre a vitória – afinal, somos todos humanos -, mas têm o direito de vos exigir sempre o dever de lutar por ela. Esses não vos podem exigir que sejam campeões, mas têm todo o direito de vos exigir que lutem por isso até ao fim como verdadeiros dragões.