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Vitória sem chama

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Áustria de Viena 0-1 FC Porto

UEFA Champions League 2013/2014, grupo G, 1.ª jornada
18 de Setembro de 2013
Estádio Ernst Happel, em Viena


Árbitro: Craig Thompson (Escócia).
Assistentes: Alan Mulvanny e David McGeachie Assistentes adicionais: Steven McLean e Kevin Clancy.

ÁUSTRIA DE VIENA: Lindner; Rogulj, Ortlechner (cap.), Suttner, Koch; Mader, Holland, Royer; Jun, Hosiner, Stankovic.
Substituições: Simkovic por Jun (68m), Kienast por Hosinere e Okotie por Holland (83m) Não utilizados: Grünwald, Rotpuller, Leovac e Dilaver.
Treinador: Nenad Bjelica.

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Josué e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e Licá.
Substituições: Izmaylov por Licá (67m), Herrera por Varela (79m) e Quintero por Lucho (87 m) Não utilizados: Fabiano, Fucile, Reyes e Ghilas.
Treinador:
Paulo Fonseca.

Ao intervalo: 0-0.
Marcador: Lucho (55m).
Disciplina: Cartão amarelo a Koch (43m), Alex Sandro (44m), Hosiner (67m) e Varela (73m).

Se pudesse classificar este jogo e esta vitória numa palavra seria: cinzentismo. A equipa do FC Porto estreou-se na liga dos campeões 2013/14 num estádio mítico, de grandes recordações, de uma forma muito pouco determinada, vazia de ideias, sem chama e pouco assertiva. Em relação ao último jogo, apenas uma substituição: Josué entrou para o lugar do castigado Defour mas a equipa ficou a perder.

Os azuis e brancos erraram muitos passes, foram pouco agressivos, jogaram com o tempo, deixando correr o jogo e isso muitas vezes traz dissabores. Não foi o caso mas a equipa azul e branca mostrou que ainda tem um longo caminho por percorrer.

Hoje, vendo o jogo pela tv, ficou um pouco a sensação de que o jogo com o Gil Vicente ainda não tinha terminado. A lentidão foi por demais evidente perante um adversário que nunca tinha jogado na prova máxima da UEFA. O Austria de Viena mostrou em campo ser uma equipa aguerrida, bastante agressiva sobre o transportador de bola adversário, fechando linhas de passe e apostando, claramente, em transições rápidas. Esta equipa austríaca, diga-se de passagem, não mostrou qualquer nervosísmo aparente na estreia na liga milionária.

O FC Porto, vazio de ideias, teve grande dificuldade em construir jogo, em criar desequilíbrios. Este facto permitiu à equipa de Viena ganhar confiança e ser atrevida. No entanto, não houve lances dignos de registo da equipa austríaca durante a 1ª parte. Pelo lado portista, ficaram dois registos apenas. Um remate de Fernando nos minutos iniciais e uma boa oportunidade de Jackson Martínez com um remate por cima da barra.

Na 2ª parte, o FC Porto não alterou o figurino mas os jogadores tiveram instruções claras para mudar o que estava menos bem, ou seja, tudo. A equipa mostrou mais vontade em mudar o rumo dos acontecimentos perante uma equipa bastante inferior. A vitória no jogo de hoje era obrigatória.

Os minutos iniciais deram alguns sinais de mudança, embora a apatia da equipa e a lentidão se mantivessem presentes. Aos 55 minutos, no entanto, surge uma interrupção no marasmo. Uma boa jogada sobre a direita entre Danilo e Lucho, com trocas de bola rápidas, permitiu ao FC Porto adiantar-se no marcador com um golo apontado por El Comandante.

Criou-se a ideia de que as coisas poderiam mudar e o jogo poderia tornar-se mais interessante e mais bem jogado. Puro engano. O FC Porto continuou a trocar a bola para trás e para o lado, a lentidão acentuou-se e o Austria de Viena, com bem menos recursos, subiu no terreno e criou alguns calafrios à equipa portuguesa, nomeadamente, numa bola ao poste e em duas transições rápidas, uma delas oferecida pelo desastrado Otamendi.

Paulo Fonseca, surpreendeu de certa forma, nas substituições que fez. Colocou dois jogadores que pouco ou nada jogaram esta época – Izmaylov e Herrera – com o objectivo de aumentar a posse de bola, quebrar o ritmo de jogo e controlar o mesmo. O objectivo foi conseguido e os três pontos alcançados mas a equipa do FC Porto, de regresso ao Prater pela 4ª vez na sua história, teve a vitória mais cinzenta da época.



DECLARAÇÕES

PAULO FONSECA
“O importante era vencer e obviamente que estou satisfeito por isso. Na primeira parte poderíamos ter feito outro jogo, mas sabíamos que não iria ser fácil – ao contrário do que muita gente pensa, este adversário tem qualidade. Antevíamos uma fase inicial difícil e isso sucedeu porque, às vezes por culpa própria, perdemos bolas em zonas e de formas que não podemos permitir.”
“Tivemos dificuldades, algumas vezes por demérito, outras por mérito do Áustria de Viena, que entrou de forma agressiva e pressionante. Não fomos equilibrados nesse período do ponto de vista emocional e não resolvemos as questões de forma simples, permitindo ao Áustria ganhar confiança e ir acreditando. A segunda parte foi muito diferente, controlámos e dominámos, a equipa foi mais segura defensivamente e no passe e a chegar ao último terço, mesmo sem criar grande perigo. Pelo que fizemos na segunda parte, merecemos amplamente a vitória.”

LUCHO
“Obviamente que marcar é sempre fantástico para qualquer jogador. Para mim era uma data importante pelo que aconteceu com o meu pai há um ano. Estou contente por termos conseguido os três pontos. A primeira parte custou-nos, mas, na segunda parte, jogámos melhor, controlámos o ritmo e poderíamos ter marcado mais golos. Não fiquei surpreendido com o Áustria de Viena, que é um rival de qualidade e que em casa pressiona muito. Falhámos muitos passes e não estamos habituados a isso, mas nesta competição tudo é difícil, só há grandes equipas.”

FERNANDO
“Na Liga dos Campeões as equipas são muito fortes e há sempre dificuldades. O adversário foi muito agressivo na primeira parte, por isso tivemos de deixar de ser passivos e passámos também a jogar com muita agressividade. Na segunda parte, fizemos um golo e depois conseguimos controlar. O importante foi conseguir os três pontos, o nosso objectivo é marcar posição num grupo difícil, ganhar jogo após jogo e classificarmo-nos em primeiro lugar. Se não for possível, queremos pelo menos passar a fase de grupos.”

JOSUÉ
“Concretizei um sonho, que era jogar no meu clube de coração na Champions. Sabíamos que ia ser um jogo difícil, mas o mais importante são os três pontos. Falhámos passes que não são habituais e eles cresceram. Depois marcámos o golo e controlámos até ao fim.”



RESUMO DO JOGO


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